Wednesday, September 27, 2006

Desterro

Quero
o teu verso
à mingua,
teus fragmentos
de infinitos,
a dilacerante
melancolia
de tuas marés
em tácito
silêncio.
Quero
a navalha
do teu desejo,
na minha carne viva,
em brasa ardendo.
Óbvio
ou absurdo,
náufrago de mim,
eu te quero
inteiro.
Pois,
onde faltas,
eu transbordo
e onde deserto,
tu me habitas.

Míriam Monteiro

http://migram.blog.uol.com.br/
...

2 comments:

Jéssica said...

Lembrei da música do RC, 'o côncavo e o convexo', Bom dia*.*

Luzzsh said...

Oi Wilson,

Pode levar (quero dizer, trazer) um poema do Lume pra cá, sim. Aliás, eu ficaria muito feliz. Tem muita gente boa por aqui...

Beijos!