Sunday, October 29, 2006

Incapacidade

Só amasso as palavras nos dentes,
sinto-lhes os cristais,
dilacerados,
que não consigo engolir
e as devolvo ao vento,
são secas,
sem minha substância,
sem minha saliva,
esqueletos de ossos frágeis,
não lhes doei meu sangue,
filigranas que são
do vero ouro
que deve haver nos veios,
nos ocos,
onde não ouso escavar.

Dora Vilela

http://pretensoscoloquios.zip.net/
...

2 comments:

Anonymous said...

Nossa! Wilson! Obrigada por colocar minhas palavras nesse espaço forrado de iluminações poéticas!! Há cada texto tão significativo e belo! Andei lendo! Quase me constranjo ao me ver lado a lado com esses autores "bravíssimos" que você escolheu!!
Abraço-o e deixo-lhe meu enorme reconhecimento e amizade.
Dora Vilela

Anonymous said...

Nossa! Wilson! Obrigada por colocar minhas palavras nesse espaço forrado de iluminações poéticas!! Há cada texto tão significativo e belo! Andei lendo! Quase me constranjo ao me ver lado a lado com esses autores "bravíssimos" que você escolheu!!
Abraço-o e deixo-lhe meu enorme reconhecimento e amizade.
Dora Vilela