Imanência
era no entardecer
minha mania de chover em lágrimas
de puro nada dentro
uma agonia da voz do vento
que nem comigo mexia
ao me encrespar os fios
era no lusco-fusco
minha errância de tristeza informe
meu medo vazio de coisas
era no crepúsculo que eu morria
de angina ou de nevralgia
por ansiedade não sabida
era no pôr-do-sol
minha identificação
com a finitude dele
e de mim.
Dora Vilela
Saturday, February 10, 2007
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5 comments:
Wilson:
Lindo, esse poema da Dora, poetisa muito querida!
Para você, o meu beijo...
Míriam Monteiro - http://migram.blog.uol.com.br
tão bonito isso..um bj
Dora? Sempre boa demais, coas palavas. Abraço.
Ah, adoro-a-Dora! Muito boas escolhas. Beijo!
Wilson, vim matar as saudades e desejar
um ótimo final de semana : )
Um beijo.
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